terça-feira, 8 de março de 2011

Capítulo 7

Oláaa!!
Novamente vou começar o post com desculpas. -_-'
Estou um pouco ocupada com minhas atividades, e sei que não é desculpa para deixar a história de lado, mas realmente essas minha atividades estão me tomando um tempo enorme. Estou cursando o último ano da faculdade agora, ou seja, estou fazendo meu tcc, o que ainda vai me deixar louca. Além das aulas de desenho e a academia, eu ainda trabalho em um escritório de arquitetura. Ou seja, acabo não tendo tempo para nada e meu final de semana fica reservado para descansar e curtir um pouco o namorado, pq ninguém é de ferro né?! xD
Bom, sem mais desculpas aqui vai o capítulo 7!
Até mais!


7

         Como esperado o dia passou exageradamente devagar. A última prova seria de história, então tive que roubar um pouco do tempo do trabalho para estudar.
            Na faculdade todos já estavam na sala estudando para a mais temida prova, só perde talvez para a de cálculo. Não consegui mais estudar. Já tinha me forçado a estudar no trabalho e ficava cada vez mais perto do fim da noite, o que aumentava minha ansiedade.
            No meio da prova me pegava olhando a cada 5 minutos para o corredor, mas estava muito cedo, sabia que ela não ia estar esperando já. Com muito esforço consegui me concentrar e fazer uma boa prova. Só quando entreguei a prova é que notei que mais da metade da sala já havia terminado de fazer e já tinha saído da sala. Sem fazer muito barulho arrumei meu material tentando prolongar ao máximo, mas não demorei muito e tive que sair e ver se alguém estava me esperando.
            Abri a porta e olhei para os lados, mas não encontrei ninguém. O corredor estava praticamente vazio, exceto por umas duas pessoas conversando, provavelmente, sobre a prova.
             Vou esperar mais um pouco, o tempo de prova ainda não terminou.
            Paolo e os outros já estavam lá embaixo me esperando e avisei que iria esperá-la. Só tem 30 minutos até o término da prova, será que ela ainda não terminou? 
            Não demorou muito para ela aparecer subindo a rampa, usando regata preta e calça jeans. Seu cabelo continuava bagunçado.
– Desculpe a demora. Fui comer algo antes de irmos e acabei encontrando um pessoal da sala. Sabe como é fim de prova, todos comentando...
– Ah, não tem problema. E, decidiu que vai então?
– Ah sim. Mas não trouxe ninguém, todos da sala já estavam marcando outro tipo de comemoração.
– E você não vai nessa comemoração? É o pessoal da sua sala, eu entendo se preferir ir com eles.
– Ah, não esquenta Julia. Vamos andando para não deixar seus amigos esperando.
– Tá! – me assustei com a confiança de Bruna – Eles estão lá embaixo.
Começamos a descer a rampa.
–E como foi a prova de hoje?
– Até que foi boa, foi prova de história. Me atrapalhei um pouco nas questões dissertativas sobre os arquitetos modernos e chutei a maioria das alternativas. Mas tenho certeza que me dei bem na questão sobre o Oscar Niemeyer... Opa, estou falando demais né!?
Ela riu um pouco.
– Não se preocupe. Deve ser estressante uma prova de.. história da arquitetura? Estou certa? — seu sorriso era de um adulto falando com uma criança.
– Ah sim. Ainda bem que tudo passou. Ah! Ali estão eles.
Paolo, Gui e Pamela estavam sentados em um banco próximo a saída do estacionamento.
– Ai, até que enfim, Julia! Mas que demora. — disse Paolo inquieto.
– Desculpem, a culpa é minha. Eu me atrasei. — Bruna interveio antes de eu falar qualquer coisa. Todos voltaram-se para ela e logo para mim novamente.
– Pessoal, essa é Bruna. Ela faz Fotografia e a convidei para ir com a gente.
– Ah, sim. Já ouvi falar de você... ou melhor, já te vi por aí. — disse Gui logo se arrependendo de seu comentário.
– Bruna, esses são Paolo, Gui e Pamela, são da minha turma.
– Ah! Prazer.
            Depois das apresentações um clima estranho e silencioso pairou sobre nós.
– Então, vamos indo?
– Claro, claro. A balada nos espera! — disse Paolo voltando à realidade e dando as costas a mim, mas sem antes me lançar um olhar e um risinho zombeteiro. Ignorei é claro.
– Julia, você vai com o seu carro? — perguntou Gui quando me desviei no estacionamento.
– Acho melhor não?
– Estamos em cinco. Não é melhor ir em um carro só? É mais fácil achar lugar para parar. Depois eu trago todos aqui já que o carros de vocês estarão aqui. Tudo bem por você, Bruna?
– Por mim pode ser.
– Claro, claro. — concordei meio sem jeito.
Entramos no carro do pai do Gui. Era um Honda Civic prata. É bem espaçoso e todos se acomodaram muito bem apesar da lotação. Gui foi dirigindo e Paolo foi na frente. As mulheres foram atrás e Bruna ficou no meio. Foi um pouco estranho o contato físico depois de tudo o que aconteceu.
– A Julia está um pouco diferente hoje, vocês não acham? — Paolo mal entrou no carro e já começou a mexer comigo.
– Não estou diferente não. – me apressei a me defender – Impressão sua. E além do mais, acabamos de sair de uma prova difícil e esgotei meus neurônios todos. Me dêem um desconto.
– Não acho que seja por causa da prova. – ele continuou sem dar a mínima para o que eu disse –  Enfim, Bruna, ela não é assim, deve estar sem graça por você estar aqui. Ela é tímida com pessoas novas. Não é mesmo, Julia?
– Não sei se ela é tímida, mas quando nos conhecemos ela não foi muito tímida. Ao contrário, foi logo tirando as roupas. – disse Bruna achando graça.
Todos olharam surpresos, tanto para mim quanto para ela. E ela se divertiu com a expressão de todos.
– Nós jogamos strip poker na noite em que nos conhecemos, estávamos em uma festa. Julia, pensei que você havia contado a eles.
– A-ah, acho que acabei me esquecendo.
– É, a Julia sempre se esquece de contar as partes mais interessantes — Pamela falou pela primeira vez desde que entrou no carro. Estava fitando Bruna e até analisando ela. E depois deu uma piscada para mim como se aprovasse e segurou o riso. Virei meus olhos. Ainda bem que Bruna não percebeu, ou se percebeu não deixou transparecer.
A conversa rolou durante o caminho, os meninos fizeram perguntas sobre o curso de Bruna e sobre as provas. Fiquei quieta só ouvindo.
– Gente, vê se alguém acha uma vaga, está tudo cheio. — Gui interrompeu.
– Acabou de passar uma. – Paolo falou rapidamente – Acho que ainda dá para voltar, não tem carro vindo.
Gui voltou e conseguiu estacionar. A balada ficava na mesma quadra e logo estávamos na porta. Foi quando chegamos na frente que congelei. Olhei para o outdoor da casa e vi o nome.
– Paolo, você pode vir aqui um pouquinho? — sem entender muito Paolo chegou mais perto de mim — Seu viadinho de merda, por que não me falou que era uma balada GLS?
–E eu precisava? Todos sabem muito bem que eu só vou em baladas GLS. É mais fácil pegar os bofes. Achei muito engraçado por a Bruna ter vindo junto. Não pensei que você era tão rápida.
– E agora? O que vou fazer? O clima entre nós duas já está estranho por tudo o que aconteceu, e você ainda me apronta uma dessas?
– Ai filha, como eu vou saber? Até porque você ainda não falou o que aconteceu entre vocês.
– Ai, esquece, vou embora.
– Não! Se você for agora vai ser muito estranho não acha? Ela vai entender que você não sabia. E acho que ela até prefira mais, não acha?
– Tá, vou ficar. Mas você me paga Paolo, ouviu?
– Ui, que medo! Vamos entrar logo.
Voltei para o grupo que já estava no cachê para comprar a entrada e fingi que não aconteceu nada. E espero que não aconteça nada mesmo.

Um comentário:

  1. Nesse capítulo, vendo o jeito que o Paolo fala me lembrou um amigo gay que eu tenho. Ele não tem jeito afetado quando vc fala com ele pessoalmente, mas quando ele solta a franga, sai de baixo! Apesar disso adoro ele e nunca passei por nenhuma situação estranha com ele. Voltando pra história, espero que alguma coisa aconteça na balada!

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