Hoje serei breve, assim como esse novo capítulo.
Estou tentando lutar contra o tempo para manter o blog atualizado, não só com a história Vivendo o Acaso, quanto com noticías relevantes ao tema. Acredito que não adianta escrever uma ficção sem mostrar o que acontece na realidade.
Enfim, espero trazer notícias em breve, enquanto isso aproveitem o capítulo!
Até mais!
9
Entramos na táxi, as duas no banco traseiro. Bruna não falou nada, só olhava para a rua pela janela. Fiz o mesmo, com medo de que ela tenha ficado chateada com o que havia acontecido. Observando a janela vi que o táxi tomava o rumo contrário ao centro.
— Onde estamos indo?
-Para a sua casa. — disse Bruna.
-Não quero ir para a minha casa. Deixe-me ficar no seu apartamento? Moço, vamos para o centro.
-Julia, é melhor você ir para casa e descansar um pouco...
-Bruna, para. Eu não bati a cabeça, então não estou louca. Sei o que estou fazendo. Posso dormir na sua casa? Além do mais, vou chegar em casa molhada e sem carro, meus pais vão surtar.
-Tudo bem. — olhou para mim meio contrariada — Moço, pode dar a volta por favor. Vamos para o centro.
Entramos no apartamento no 13º andar. Estava escuro exceto pela luz fraca que entrava pela janela aberta. Tudo era como eu lembrava, e firmava em minha mente que não tinha sido um sonho. Tudo era igual exceto pelo livre, sem garrafas ou roupas jogadas.
— Melhor você tirar essa roupa molhada. Vou pegar umas roupas secas e você pode tomar banho.
— Tudo bem.
Bruna foi até a cômoda, abriu umas gavetas e tirou umas mudas de roupa.
— Tem uma toalha branca que está limpa no banheiro. Pode usá-la. — respondi com um rápido “ok”, e entrei no banheiro.
O banheiro era pequeno e com todos os objetos parecia ainda menor. Deixei as roupas que Bruna havia entregue em cima do vaso sanitário e abri o chuveiro. A água estava quente o suficiente para me fazer relaxar. Tentei prolongar ao máximo meu banho, mas não consegui. Usei a toalha que ela havia falado para me secar. Bruna havia me dado uma camiseta branca folgada e uma calça de moletom cinza. Vesti a camiseta e deixei a calça no banheiro. Olhei-me no espelho, minha maquiagem estava borrada. Tirei com água da pia o que dava, mas logo desisti.
Saí do banheiro e no quarto Bruna havia preparado um colchão no chão.
— Você pode ficar na cama. Vou tomar um banho também. Fique a vontade. — e entro no banheiro antes mesmo de eu dizer qualquer coisa.
Seitei na cama e fitava o colchão no chão.
Por que ela está fazendo isso?
Quando Bruna saiu do banheiro eu estava sentada de pernas cruzadas olhando-a.
— Não precisava me esperar para dormir.
— Quero conversar. Sobre o que aconteceu.
— Julia, já está tarde e...
— Por que você está fugindo do assunto?
— Não estou fugindo do assunto, só acho que está tarde para ficar conversando...
— Você não está interessada por mim, é por isso que está fugindo? Está com pena de me dar o fora e fazer isso sem falar nada.
— Julia, presta atenção. — ela sentou ao meu lado na cama — Não estou fugindo de você. O que aconteceu hoje foi algo inesperado para mim e me deixou confusa. E é por gostar de você que estou tentando te dar um tempo para pensar, antes de fazermos qualquer coisa. Talvez você ainda não tenha certeza do que está sentindo e está agindo por impulso. Se você pensar com calma pode refletir e pesar se vale a pena continuas com isso. Assim, ninguém se machica, nem você, nem eu.
— Só vou saber o que realmente é isso, se eu tentar. ? me aproximei de Bruna e acariciei seu rosto. A sensação da pele macia dela foi estranha, mas muito gostosa. Ela também pôs a mão em meu rosto.
— Tem certeza, Julia? Você não está bêbada né!? Bebeu enquanto eu estava no banheiro? — sua risada fraca era gostosa.
— Não estou bêbada. Quero fazer isso sóbria. — e comecei beijando-a.