Antes de postar mais um capítulo, queria primeiro agradecer aos comentários que deixaram por aqui. Não saberia descrever como fico feliz por lê-los. Não tem como não ficar motivada a continuar trazendo os capítulos e sempre tentar melhorar para agradar os poucos, mas bons leitores.
Queria agradecer principalmente a Luna-chan lá do blog Além da Luna pelo review de Vivendo o Acaso. Adorei o carinho. Muito obrigada mesmo, de coração.
Estarei trazendo novidades em breve e, prometo, que da próxima melhoro o preço do impresso. xD
Enquanto isso, sem mais delongas, aí está o capítulo 5!
Boa leitura e até logo!
5
– Grandes amigos você tem hein!? Te deixam sozinha neste estado. Será que vou sempre ter que te salvar das suas enrascadas?
– Você de novo? Me larga! Não preciso da sua ajuda. – ela estava me levantando da mesa onde estava praticamente jogada.
– Ah, claro. Como também não precisava na festa de domingo né!?
– Você quer repetir aquela noite? Vai aproveitar que estou bêbada para me levar para cama de novo? Olha amiga, – me virei para a acompanhante dela – cuidado hein!? Ela pega várias por aqui. É só vacilar um pouco...
– Não, hoje não vou te levar para a cama não. Desculpe te decepcionar. Mas se você quiser que te leve para a sua casa, eu te levo. Você não deveria dirigir nesse estado e seus amigos te largaram aqui. Quer que eu te leve? – disse Bruna que estava praticamente me carregando para fora do bar.
A acompanhante dela deu uma leve balançada de cabeça pedindo para que Bruna não fizesse isso. Mas Bruna não deu atenção, estava me segurando enquanto eu vomitava no chão.
– Não tem outro jeito. Vou te levar para casa.
– Não, não precisa. Estou em plenas condições para dirigir... – Nesse exato momento mais vômito vinha.
– Nêssa, – aparentemente elas já eram íntimas – você pode ligar para sua irmã te pegar né!? Vou levá-la de moto. Já está tarde e não teria ônibus de volta para mim.
-Tudo bem. Acho que ela não se importa em vir me buscar. – a menina loirinha de corpo miúdo estava com uma cara fechada. Algo me dizia que essa aí não perdoaria Bruna.
– Espera aí! Moto? Não, não, não. Não vou andar numa coisa dessas.
-Você não tem muita escolha sabia? Agora vem. – Bruna me ajudou a andar me conduzindo pela rua. Sua moto estava parada na esquina, a alguns metros dali.
Nunca entendi muito bem de moto, mas essa era muito linda. E grande.
-Venha, suba. – completamente tonta quase caí quando tentei subir, mas Bruna estava lá para me segurar. – Pronto. Agora segure em mim ok!? Não solte. – abracei-a por trás recostando meu rosto em suas costas, na jaqueta de couro preta. Seu corpo de curvas perfeitas era pequeno. Entrelacei minhas mãos no abdômen dela. Segurança foi o que me veio em mente.
A moto se pôs a andar, devagar.
– E o capacete? – perguntei meio preocupada.
- Se você vomitar no meio do caminho não vai ser muito agradável se estiver de capacete. E sem falar que é mais fácil de te ouvir sem eles. Então, onde você mora?
– Ah tá. – parecia que ela estava sempre pensando em tudo – Moro na zona oeste. – respondi meio sem jeito – Vou mostrando o caminho.
– Tem certeza que vai conseguir essa proeza? Se segurar e mostrar o caminho ao mesmo tempo? – falava num tom de divertimento.
– Ahan... já estou melhorando. Me recupero rápido sabia?!
-Sei. – isso era um tom de sarcasmo?
– Diga-me – começou ela depois de algum tempo de silêncio – quantos dias por semana você consegue se manter sóbria?
– Muito menos nessa semana. – respondi categoricamente.
– E por que tanto bebe?
– Porque sou feliz! – gritei esticando meus braços com muito mais impulso do que esperava. Quase caí para trás, mas antes consegui me segurar novamente em Bruna.
– Estou vendo. Num dia desses essa felicidade te mata. – não sei se falou para eu ouvir ou não, pois o tom era muito baixo misturado com o ronco do motor.
Mais alguns minutos passaram e só eu falava, quando era para mostrar o caminho.
– Então, quantos anos você tem? Não parece ser muito mais velha que eu. – perguntei para quebrar o silêncio.
– Faço 24, mês que vem.
– Ah. Tenho 20.
– Eu sei. – disse numa voz de indiferença.
Mais algum tempo passou sem que nenhuma dissesse nada.
– Então, você faz faculdade do que? – não aguentei o silêncio.
– Fotografia. – respondeu mostrando indiferença.
– Uau! Diferente. – era algo que não tinha imaginado – Faço arquitetura.
– É, eu sei.
– Você sabe tudo sobre mim? – perguntei meio assustada.
– Fui à sua sala não lembra? Tinha uma placa na porta indicando que curso era.
– Hmm. Isso explica. E que moto é essa? – desviei um pouco o assunto – É grande. Bonita. Preta. – dei uma risada baixa.
– É uma Harley Davidson. Modelo Fat Boy. – o mesmo tom de indiferença. Será que minha companhia é tão ruim assim? Cadê aquele jeito descolado e que gostava de me perturbar. Tem algo estranho...
– Bacana.
– Qual o número da sua casa? É essa a rua né?!
Mas já chegamos? – pensei.
– Casa 595.
Realmente a viagem não demorou muito. Logo a moto negra parou próxima ao meio fio e eu desci cambaleante para a calçada.
O bairro Villa Lobos é um típico bairro de classe média-alta da cidade. As ruas eram mais retas e sempre monótonas. Naquela hora mais ainda, pois já eram duas da manhã.
– Então, a gente se vê na faculdade? – perguntei meio sem graça com a situação de despedida.
- Então agora você quer me ver? E aquela história de que se encontrasse no corredor fingir que não te conhe... - O que estou fazendo? O que me deu para beijá-la?
Foi um beijo com urgência, amanado pela outra garota.
E agora o que houve?
– Julia. Para. Para, Julia. Melhor não. Você está bêbada. Não vai querer se arrepender de nada não é mesmo?!
– Mas de acordo com o que você disse, já fui além de um beijo não é!?
– Julia, você tem que aprender a não ouvir pessoas desconhecidas. – ela estava estranha, olhava para baixo desconcertada e vacilante – Não aconteceu nada naquela noite. – encarei-a confusa procurando explicação em seus olhos.
– Escuta, –ela sustentou meu olhar incrédulo que dividia em raiva e frustação – nós estávamos na mesma festa, aquela na casa do Freddie. Uns amigos queriam sair de lá, estava muito ruim. O Rubens estava te acompanhando – ou você estava acompanhando ele, não sei – e te levou junto ao meu apartamento. Nós bebemos muito, estávamos jogando strip poker – as apostas eram nossas peças de roupas – e você acabou dormindo depois do jogo. É claro que eles não iam te levar para casa. Ou melhor, eu não deixei te levarem. Estavam muito bêbados e era perigoso demais. Então disse que você poderia passar a noite lá. Desculpe, não resisti fazer a brincadeira, e sei que não foi certo. Só queria ter te contado quando estava sóbria.
Já estava andando, me afastando da moto, atordoada pela revelação, da brincadeira de mau gosto.
– Desculpe, Julia. – ela correi tentando me segurar pelo braço, mas não deixei e continuei me afastando dela. Sinto muito mesmo.
– Não diga mais nada. – quase gritei, em explosão – Estou feliz que não aconteceu nada. Assim não fico mais com peso na consciência pelo erro que cometi. – reforcei bem a palavra para que ela entendesse o recado. Continuei andando até encontrar a porta de casa. A essa altura as lágrimas já corriam pelo rosto.
ô dózinha da Julia... Devo confessar que estou ansiosa pra ver ela e a Bruna juntas, mas sei que se isso acontecer muito no início perde um pouquinho da emoção, então continue escrevendo! Obrigada pela menção também! Vou continuar acompanhando por aqui. E quando tiver novidades sobre o Anime Friends me dá um toque!
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