Ai Ai...essa é primeira vez que publico minha história e estou muito nervosa. x_x
Vou explicar o que está acontecendo: esta história começou somente para extravasar e para pôr algumas coisas para fora da minha cabeça. Acabou que virou algo mais, talvez até uma forma de expressão.
Enfim, alguns amigos meus que leram disseram que seria interessante lançar isso em algum lugar. Bom, realmente seria muito bom saber a opinião de outras pessoas sobre a história da Julia e da Bruna.
Portanto, estão livres para comentarem e darem suas opiniões e críticas abertamete, na forma como escrevo e sobre o enredo da história. Seria muito importante para mim que as pessoas fossem sinceras. Mas por favor, não precisa esculachar.
Todos os personagens são fictícios e não tem nenhuma ligação com pessoas reais.
Esta história ainda está sendo escrita, portanto, tenham paciência. A frequência de postagem será de um capítulo por semana, principalmente por eu ser muito lerda para escrever. ^^'
Enquanto isso, curtam o primeiro capítulo:
1
Como foi difícil abrir os olhos naquela manhã. Mas era de manhã? O relógio já marcava 3 horas da tarde. Que dia era? Difícil de lembrar. Repassando os acontecimentos do dia anterior, ou melhor, da madrugada daquele mesmo dia, percebia que era segunda-feira. Que merda, o pessoal no trampo ia falar um monte de bosta. Mas não queria saber. Só queria saber como parar aquela maldita dor de cabeça. Onde estava? Não estava reconhecendo a cama em que estava deitada.
Levantei meio zonza e ainda não reconhecia onde diabos eu estava. O que aconteceu a noite e como eu vim parar aqui? Só me vinha flashs, mas nada que fazia muito sentido. Olhei ao meu redor para especular o quarto desarrumado em que me encontrava. Eu já havia exagerado nas festas e baladas, bebido demais, mas nunca cheguei ao ponto de acordar na casa de um desconhecido.
O quarto estava uma bagunça. Roupas e garrafas vazias no chão era a maioria. Evidenciava a festa que acontecera ali. Na verdade, parando para observar, o quarto era de um apartamento, uma quitinete. Um quarto que formaria uma sala se tivesse um sofá, e que liga com uma cozinha cuja porta estava de frente à cama.
O que será que aconteceu a noite? Só de pensar nisso já sinto arrepios. O que mais me preocupava era quem é que estava na cozinha. Pelo aroma que chegava a mim, o estranho estava preparando café. Levantei-me devagar para fazer menos barulho possível. Mas é claro que a cama me denunciou, rangendo enquanto me movia. Consegui me por de pé e já comecei a procurar minhas roupas. Até gostaria de saber o que aprontei, mas acho melhor sair a la francesa e não prolongar mais essa história.
Localizei minhas calças. Só agora percebi que estava só com uma camisa jeans e minha roupa de baixo. Ao menos isso. Com tanta coisa no chão era quase impossível não fazer barulho. Mas da cozinha vinha um zumbido baixo que distraia o dono do local. Vi um espelho grande encostado a uma parede. Meus cabelos castanhos claros sofreram algum ataque, totalmente desgrenhado. Minha maquiagem que um dia foi perfeita, não sobrava muito mais dela. Por baixo dos meus olhos claros que nunca identifiquei se eram castanho claro ou cor de mel, havia borrões pretos. Estava com o rosto totalmente amassado, provavelmente por dormir muito tempo de um lado só. Na bochecha direita havia manchas vermelhas por cima da pele bronzeada. Dei uma ajeitada em tudo com as mãos e desisti quando percebi que não iria conseguir melhorar nada sem água, ou banho. Consegui localizar minhas calças no meio de tanta bagunça e já estava pondo uma das pernas para dentro quando o estranho apareceu.
Ok, não era bem isso que eu estava esperando. Da pequena cozinha da quitinete saiu uma garota, ou mulher. Seus cabelos eram pretos. Se era tinta ou natural não dava para saber. Eram curtos, talvez sem corte. Talvez, porque estava totalmente bagunçado, como se ela tivesse acabado de acordar. Vinha com duas xícaras pretas na mão que fumegavam e espalhavam o aroma de café, se surpreendeu-se quando me viu já em pé tentando por as calças, mas logo deu um sorriso malicioso.
Ela vestia uma camisa, mas branca. Nada além disso, vista desse ângulo. Não, definitivamente estava com roupas de baixo.
— Bom dia. Que bom que já acordou. Fiz um pouco de café. Mas já estava de saída? — claro que ela percebeu que eu tentava sair escondida, mas isso não alterou seu humor.
— Como vim parar aqui?
— Ah, imaginei que não iria se lembrar. É uma pena. A gente se divertiu muito essa noite. — falava isso enquanto me lançava um olhar subjetivo. — Mas se quiser repetir, eu te mostro como foi. — ela com a xícara entre as mãos e jogando um olhar subjetivo, quase entrei em pânico, mas me acalmei quando ela desviou o olhar e riu consigo mesma.
— Não. Não. Na verdade é melhor não saber. Se eu não lembro, é porque não aconteceu nada. —falei, voltando a por as calças. Sempre fui boa em reprimir as coisas ruins.
— É. Você sabe magoar uma pessoa. — seu tom era de indiferença. Sentou-se na cama — ao menos, tome seu café, antes de sair.
— Obrigada, mas já vou indo. — Assim que achar minhas coisas. Pensava enquanto procurava
pelo chão em busca de algo familiar. Tenho quase certeza que eu estava usando uma camisa azul marinho.
— Sua bolsa está ali, atirou logo quando entrou. — disse ela enquanto via meu desespero procurando pelo chão incrivelmente bagunçado — Suas roupas...bom, aí já vai ser mais difícil. Você foi tirando e jogando em tudo quanto é lugar. — a garota falava com uma certa malícia na voz. Era quase impossível não acreditar no que dizia. Mas eu tinha que lutar. Não poderia ter acontecido nada. Não com... uma mulher.
Enquanto me vestia, olhava de soslaio para a garota que segurava a xícara enquanto lia uma revista e disfarçava que não estava olhando me trocar. Não aparentava ter mais do que vinte anos, mas mesmo assim passava um ar de maturidade. Seus olhos eram azuis. Sua pele era lisa e macia, muito branca. Nariz arrebitado, queixos que afinavam o rosto. Algo me dizia que aquele rosto me era familiar. A camisa que usava estava com os três primeiros botões de cima abertos, formando um decote em que quase se via além. Parei por aí. Ela já estava percebendo que eu a estava olhando.
— Então, onde você mora? Ao menos sabe sair daqui? — nesse momento estava colocando o sutiã. Virei de costas no exato momento que ela olhou para mim.
— Relaxa. Já não tem mais nada que eu não tenha visto em você. — se divertia me atormentando. Eu já estava começando a acreditar.
Verdade, não tinha pensado nisso. Onde estou? Fui cautelosamente até a única janela do cômodo para saber onde eu estava. Tomei um susto quando vi que estava em um dos andares altos. Décimo segundo andar, talvez? Olhei ao redor do edifício, mas havia muitos prédios, era difícil de saber onde exatamente estava.
— Estamos no centro. Se disser onde você mora talvez eu possa te ajudar a sair daqui.
— Eu sei sair daqui — Pelo menos eu acho que sei.
— Tudo bem. Só estava tentando ajudar. Seu carro está na frente do prédio. Infelizmente aqui não tem garagem. Qualquer coisa o porteiro pode te ajudar. Só feche a porta quando sair. — falou isso enquanto fingia se interessar por uma matéria da revista. A essa altura eu já estava totalmente pronta. Só balancei a cabeça afirmando e abri a porta enquanto ela acendia um cigarro.
— E, Julia? — ela esperou que eu virasse, soltou alguma fumaça da boca — A gente se vê por aí. — com tom de divertimento ela me deu uma piscadela. Podia ter certeza que ouvi uma risada por trás da porta fechada.
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